27 de março de 2012

Oi mi chamo Sophia, você pode achar que é mentira, você pode até duvidar em algumas partes, mas que se dane essa é a minha vida...
Eu morava numa casa alugada, com a minha mãe Ana Maria,

Éramos muito felizes, só eu e ela. Nunca quis conhecer o meu pai, porque alguma coisa dentro de mim me avisava que eu me arrependeria, minha mãe nunca gostou de falar dele, e nunca guardou nada que o recordasse.
Deveria ter uns sete ou oito anos, quando minha mãe começou a sair com um homem. Ela nunca nos apresentou de imediato, mas sempre antes de sair, ela repetia a mesma frase:
“Ele vai mudar nossas vidas, minha princesa, vai nos tirar dessa miséria”
Eu nunca acreditei nessas palavras, mas adorava ver minha mãe radiante.
Depois de alguns meses, minha mãe me chama pra conversar:
- Minha princesa, hoje vou apresentar a você o Roberto, me desculpe ter demorado tanto, pois queria ter certeza que ele era o homem ideal, para entrar nas nossas vidas, mas agora tenho certeza que ele é.
-Tudo bem mamãe, acredito na sua decisão, e quero muito ver a senhora feliz _ confesso que menti, nunca confiei nas decisões da minha mãe, principalmente quando envolvia homem, ela sempre gosto de contos de fadas, ela nunca se importou que o príncipe sempre fosse um sapo.
Naquele mesmo dia, eu arrumei a casa, e ajudei minha mãe a se arrumar pra esperar o tão desejado “sapo”.
Era mais ou menos umas 20h00,quando a campainha toca,minha mãe se olhou no espelho pela última vez, e foi atender a porta. Fiquei um pouco apreensiva tive medo dele não ser tão perfeito.
Naquela noite eu usava um vestido rosa com babados...
“ Droga, esqueci de me descrever, eu era baixinha, magricela, me achava muito branca, praticamente pálida, meu apelido na escola era folha de sufite, mas posso te garantir, não sou mais assim, voltando, meus cabelos eram bem pretos, lisos e longos, meus olhos eram azuis celestes, minha boca era bem vermelha, minha mãe sempre dizia que vários rapazes morreriam pra me dar um beijo, mas naquela idade meus interesses eram outros, ah só pra vocês saberem eu usava óculos fundo de garrafa, era o único que minha mãe conseguia pagar, resumindo era ma garota estranha”. Voltando ao assunto principal, aquele vestido eu tinha ganhado da minha avó materna antes dela morrer.
Roberto entrou pela porta da frente e me lança um sorriso até que simpático, mas não me convenceu. Roberto era um homem alto, cabelos grisalhos, olhos castanhos, sorriso amarelado, provavelmente por causa do cigarro. Não gostava do modo que ele me olhava, e principalmente como olhava a minha mãe, ele parecia um cachorro faminto encarando um pedaço de carne. Minha mãe tinha certeza que ele iria mudar nossas vidas, mas eu tinha quase certeza que ele iria mudar pra pior...

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